Programa confirmou inexistência de hormônio em frango, diz Ubabef
''Estudo do Ministério da Agricultura não encontrou substâncias.
Crença dos hormônios no frango ainda permanece entre os consumidores.''
Os resultados do Programa Nacional de Controle de Resíduos e
Contaminantes para produtos de origem animal (PNCRC/Animal), divulgados
no Diário Oficial da União pelo Ministério da Agricultura, demonstraram a
inexistência da utilização de hormônios na criação de frangos do
Brasil.
Segundo o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura
(Ubabef), Francisco Turra, em nota, "o levantamento promovido pelo
Ministério é o principal atestado sobre o elevado padrão produtivo da
avicultura brasileira". Conforme o estudo, que realizou 3,7 mil análises
em aves voltadas para o consumo do mercado interno e para a exportação,
o resultado foi negativo para betagonistas e substâncias de ação
anabolizante, de uso proibido no país, em todas as amostras.
Segundo o diretor técnico da Ubabef, Ariel Antônio Mendes, também em
comunicado, a eficiência da produção de frangos é baseada em três
fatores: genética de ponta, ração balanceada e excelentes condições de
criação.
"A seleção natural de características geneticamente favoráveis nas
aves, a ração brasileira à base de milho e soja e a alta tecnologia
empregada para a as condições ambientais dos galpões de criação é que,
de fato, fazem a produção de carne de frango um processo rápido",
explicou.
Porém, a crença dos hormônios no frango ainda permanece entre os
consumidores. Pesquisa encomendada pela Ubabef a um instituto de
referência, que tratou sobre hábitos de consumo do brasileiro, mostrou
que 72% da população ainda acredita que hormônios sejam utilizados na
criação de frangos. A entidade vai promover uma campanha para tentar
reverter esse quadro, com base nas características do produto nacional.